A P.E.S.T. é uma organização clandestina, fundada durante os anos finais da Guerra Fria, por uma coalizão informal de cientistas dissidentes, militares de alta patente e estudiosos ocultistas. Seu objetivo declarado nunca foi registrado em documentos públicos — e o que se sabe oficialmente sobre ela é envolto em camadas de desinformação, dados corrompidos e arquivos deliberadamente apagados. No entanto, evidências internas revelam que a P.E.S.T. atua na contenção, estudo e manipulação de fenômenos paranormais, chamados internamente de "rupturas da normalidade". Estes fenômenos estão frequentemente ligados a regiões geográficas específicas, manifestações anômalas em organismos vivos, artefatos de origem incerta e ocorrências recorrentes relacionadas aos seis elementos paranormais: Viscerium, Dissolução, Ciclo, Colapso, Vazio e Proliferação. A organização opera em compartimentalização extrema: apenas os membros de mais alto escalão sabem a real extensão dos experimentos em curso. Suas bases estão espalhadas pelo globo, muitas vezes disfarçadas de instituições abandonadas — hospitais, asilos, delegacias ou bunkers da ditadura — onde realizam experimentações biológicas, investigações interdimensionais e monitoramento de agentes humanos afetados por entidades paranormais. Entre seus métodos estão: Recrutamento forçado de indivíduos com histórico de exposição paranormal; Deslocamento e isolamento de populações inteiras em zonas contaminadas; Rituais adaptados a partir de grimórios antigos combinados com ciência moderna; Criação de híbridos biológicos, testando limites entre carne e vazio. Oficialmente, a P.E.S.T. não existe. Seus agentes são treinados para desaparecer sem deixar rastros. As informações registradas são cifradas e replicadas em fragmentos espalhados por servidores independentes, dentro da chamada Rede Alternativa de Contenção (R.A.C.). Um agente da P.E.S.T. não busca respostas — ele sobrevive à verdade.
Status da Singularidade: ?????.
ADMIN ACESS: OFFLINE.
Local: Base Subterrânea da P.E.S.T. — Bunker ██ (Zona Sul de São Paulo)
Data da Primeira Ocorrência: ██/12/1996
Elemento Envolvido: ████ (provavelmente Viscerium)
Classificação: Nível Vermelho — Contato Direto Proibido
Resumo do Caso:
O indivíduo referido como Paciente 71 foi transferido da Delegacia de ███████████ após apresentar alterações fisiológicas incompatíveis com qualquer explicação médica convencional. Preso inicialmente por comportamento errático, o paciente passou por três dias de completo silêncio, recusando ingestão de alimentos ou líquidos. Sinais vitais permaneceram normais.
Durante o transporte, dois agentes relataram náusea intensa, sensação de pressão interna e dores auditivas na presença do detento. Câmeras registraram imagens inexplicáveis, já arquivadas sob o protocolo ██-███.
Incidente Principal:
Durante o protocolo de triagem, foi aplicada a gravação ██-███-B (frequência auditiva de baixa intensidade). Após 00:01:44 de exposição, o paciente entrou em um estado de transe profundo. Em seguida, iniciou-se o processo de reorganização muscular autônoma — as massas de carne se deslocavam sozinhas, descolando-se do osso e voltando à posição original por conta própria.
Um segundo órgão cardíaco se formou próximo à região da clavícula. Ambos os corações batiam em sincronia, emitindo um pulso que afetou os sistemas elétricos do laboratório B-03, corrompendo ██ arquivos e interrompendo ██ sistemas de segurança.
Durante as próximas 72 horas, o paciente pronunciou repetidamente a frase:
“███ █ ███ ██ ███ ████. ██ ███ █ █████.”
Reação da Equipe:
Quatro membros da equipe médica apresentaram colapso emocional. O Dr. ███████ requisitou desligamento imediato, descrevendo o evento como:
“A carne tinha... intenção.”
Após tentativa de sedação, o paciente sofreu uma reação extrema e entrou em convulsão. Durante o episódio, ocorreu uma explosão parcial da cavidade torácica, liberando fragmentos orgânicos autônomos, que tentaram se locomover até as saídas de ventilação.
Situação Atual:
Encerrado.
Paciente 71 foi considerado neutralizado após colapso vital e calcificação instantânea dos tecidos. O corpo encontra-se armazenado em contenção criogênica na Base ██.
Nota: Nível de contaminação biológica desconhecido.
Possível ligação com o Evento ███████████████ (codinome: Singularidade).
Local: Asilo São Dimas — Pintópolis, Minas Gerais
Data da Primeira Ocorrência: ██/04/1994
Elemento Envolvido: Dissolução (não confirmado)
Classificação: Nível Laranja — Contato Monitorado
Resumo do Caso:
Durante a reativação clandestina do Asilo São Dimas, relatos entre os detentos e funcionários começaram a mencionar uma figura chamada “Sr. Mão”. A entidade era descrita como uma presença silenciosa, com braços alongados demais e ausência completa de rosto. Não há registros visuais diretos — todos os sistemas de gravação apresentavam interferência severa entre as 02:00 e 04:00 da manhã.
O nome “Sr. ███” surgiu de forma recorrente nos desenhos de pelo menos ██ internos. Muitos desses desenhos representavam a entidade com cinco braços, todos saindo de uma única ombreira, como se fossem raízes deformadas.
Incidente Principal:
Na madrugada de ██/04/1994, o interno ██-██ (identidade preservada) foi encontrado em estado de colapso catatônico, com os dedos de ambas as mãos completamente ausentes — nenhuma marca de sangue ou luta foi identificada. A única frase dita pelo interno, antes de perder a fala permanentemente, foi:
“Ele só quer segurar minha mão...”
Testemunhas relataram que portas do Bloco B começaram a abrir e fechar sozinhas, acompanhadas de uma brisa úmida e odor semelhante a alvejante industrial queimado.
Dois agentes da P.E.S.T. enviados ao local relataram alucinações táteis, como se algo segurasse seus braços enquanto estavam completamente imóveis.
Descobertas e Teorias:
Vestígios de resíduo alcalino foram encontrados em maçanetas, pulsos e juntas das vítimas.
Quando testado com composto ██-██ (reagente de Dissolução), o material reagiu violentamente, indicando possível ligação com o elemento.
Três internos relataram ouvir “mãos se arrastando pelas paredes”, mesmo dentro de celas acolchoadas.
Estado Atual:
A entidade não foi mais observada desde a evacuação forçada do Bloco B, mas o local permanece isolado e sob monitoramento sonoro constante.
Um som semelhante ao de dedos tamborilando no teto é captado de forma esporádica.
Nota Final:
Um dos analistas sonoros apontou que os “dedos” parecem tocar um padrão rítmico. A análise espectrográfica revelou a repetição da palavra █████████ em código Morse. Investigação pendente.
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ACESSO LIMITADO. ACESSE O TERMINAL DO BUNKER.
ACESSO RESTRITO — NÍVEL A-7
A aba ENTIDADES contém arquivos ultraconfidenciais relacionados à identificação, classificação e contenção de seres anômalos registrados nas bases da P.E.S.T.
Devido à natureza sensível e potencialmente instável das informações armazenadas nesta seção, o acesso completo só é permitido a administradores com autorização Classe A-7 ou superior, com credenciais validadas diretamente por canal seguro.
IMPORTANTE: Este conteúdo não está disponível remotamente para dispositivos comuns.
A leitura e manipulação destes dados só pode ser feita a partir de terminais autorizados localizados no bunker militar subterrâneo Alfa-Δ, uma das bases centrais da P.E.S.T., equipada com protocolos de isolamento físico, criptografia neural e blindagem anti-sinal.
Tentativas de acesso não autorizado serão imediatamente logadas.
A persistência em quebrar o protocolo de segurança pode acionar o Protocolo Z3: isolamento do terminal, alerta ao setor de contrainteligência e possível ativação da Unidade de Silenciamento Operacional.
Solicite chaves de acesso superiores via terminal.
ACESSO NAO CONCEDIDO
Canal de emergência: LINHA NAO CONCEDIDA NECESSITA DE AUTORIZAÇÃO DE ADMINISTRADOR